Serve-se um olhar mundano e libertino. Serve-se uma arrogância sonhadora e juvenil. Serve-se uma ironia coerente e um humor valorativo. Serve-se tradição e modernidade. Serve-se na condição humana, Brinda-se com a casmurrice pessoal!

20
Out 08

Numa altura em que graças aos meus afazeres profissionais vou obtendo e desfrutando de um maior contacto com o mundo televisivo, a publicidade é, em toda o seu processo de construção, objectivo de promoção, factor de extensão e incremento das receitas, um objecto de estudo interessante na medida em que por vezes pode se revestir de um maior carácter pedagógico e ético.

 

Atravessamos um momento histórico e crucial na história da Humanidade, que marcará não apenas o resto da nossa vida, como também a das gerações seguintes. Desde a crise financeira fruto de uma crescente falta de confiança nas entidades bancárias, ao pânico dessa crise se expandir meramente do contexto financeiro para o nível económico afectando os crescimentos e sustentos nacionais, aos momentos actuais de crise e de decisão política angulares a nível nacional ou continental com impacto mundial, etc.

 

Mais do que ousar vos apresentar um retrato da realidade em que vivemos, e à qual muitas vezes aparentamos não estar inseridos mas apenas a ela assistir todos os dias através dos meios de comunicação de excelência para cada um, trago-vos um interessante foco de atenção, inserido nas importantes e mediáticas eleições norte-americanas.

 

Há quatro anos atrás, o conhecido actor Leonardo DiCaprio tinha já estado envolvido na campanha de mobilização do eleitorado americano “Rock the Vote.” Agora, através da sua produtora Appian Way, aparece novamente envolvido num novo spot focado no apelo ao voto dos mais jovens nas eminentes eleições americanas. Reúnem-se a ele um notável rol de artistas da televisão e do cinema dos EUA, desde Jennifer Aniston, Halle Berry, Jamie Fox, Dustin Hoffman, Eva Longoria, Natalie Portman, Sarah Silverman, Forest Whitaker, entre muitos outros.

 

Estamos perante um exemplo de uma ironia paradoxal, onde assistimos a todo um desenrolar de contexto narrativo com base numa premissa que infelizmente muitas vezes já não está presente no cinema ou na televisão contemporânea: o respeito pela inteligência do espectador. Começam todos por pedir ao espectador para não votar, entrando progressivamente num processo de interrogação sobre as consequências políticas, económicas, sociais e naturais de tudo o que está em jogo na eleição de um novo governo americano. Não será afinal fundamental votar?

 

 Um belo exemplo dessa suposta pedagogia ética mediática, servido aqui na Estalagem:

 


 

publicado por Casmurro às 14:13

10
Fev 08

Primeiro, quanto às intenções, estamos de facto perante uma nova publicidade bem pensada, utilizando figuras públicas consensuais como factor de adesão à marca, e construída de uma forma humoristicamente hiperbolizada.


 

Quanto às ilações, remeto-me às palavras do próprio Ricardo Araújo Pereira publicadas hoje na sua crónica semanal no jornal “A Bola”:

“Estimados jogadores do Benfica: … Eu seguro nos braços uma rapariga que estou prestes a beijar. No entanto, quando me apercebo de que se aproxima a hora o jogo do Benfica, deixo a miúda e largo a correr a caminho do estádio. Mesmo a mais fervorosa feminista vos dirá que, muito embora abandonar uma senhora daquela maneira seja um gesto infame, se for para ir ver jogar o Benfica, além de ser normal, é obrigatório. Mas se é para ir assistir a exibições como a que fizeram contra o Nacional da Madeira, meus amigos, largar uma rapariga daquela para vos ir ver jogar não se chama benfiquismo. Chama-se homossexualidade. … A fama da minha orientação sexual está nas vossas mãos, companheiros.”

 

Apresento também nesta acolhedora estalagem, o outro anúncio da mesma série de publicidade ao SLB protagonizado pelos Da Weasel:

 

publicado por Casmurro às 20:15

16
Nov 07
 Que a imaginação na publicidade é cada vez maior, disso, não há dúvidas. O resultado final é porém, por vezes, bastante fraco em alguns ramos de negócio como são os anúncios sobre créditos ou clínicas de estética. Mas há que reconhecer que há coisas bem feitas:


 
publicado por Casmurro às 15:12

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