Primeiro, quanto às intenções, estamos de facto perante uma nova publicidade bem pensada, utilizando figuras públicas consensuais como factor de adesão à marca, e construída de uma forma humoristicamente hiperbolizada.
Quanto às ilações, remeto-me às palavras do próprio Ricardo Araújo Pereira publicadas hoje na sua crónica semanal no jornal “A Bola”:
“Estimados jogadores do Benfica: … Eu seguro nos braços uma rapariga que estou prestes a beijar. No entanto, quando me apercebo de que se aproxima a hora o jogo do Benfica, deixo a miúda e largo a correr a caminho do estádio. Mesmo a mais fervorosa feminista vos dirá que, muito embora abandonar uma senhora daquela maneira seja um gesto infame, se for para ir ver jogar o Benfica, além de ser normal, é obrigatório. Mas se é para ir assistir a exibições como a que fizeram contra o Nacional da Madeira, meus amigos, largar uma rapariga daquela para vos ir ver jogar não se chama benfiquismo. Chama-se homossexualidade. … A fama da minha orientação sexual está nas vossas mãos, companheiros.”
Apresento também nesta acolhedora estalagem, o outro anúncio da mesma série de publicidade ao SLB protagonizado pelos Da Weasel: