Rimos e apreciamos jogadas com bola inventadas a regra e esquadro. Comentamos fintas de futebol. Deliramos com toques acrobáticos e desequilibradores dos fora-de-série que conhecemos e apreciamos dentro das quatro linhas futebolísticas. Chamamos-lhe “Arte”. A arte de criar jogadas impensáveis. A arte de inventar e reproduzir uma finta no terreno de jogo. A arte de, com um toque inesperado deixar o nosso adversário perplexo.
Mas porque é que só pensamos em “Arte” no futebol? Todo o desporto envolve um acto criativo, um domínio da técnica, um passar à prática daquilo que sonhamos e tentamos fazer.
Batemos palmas e aclamamos os génios da bola. Batemos palmas e aclamamos artistas de circo que, com esforço, trabalho e superação nos apresentam técnicas de movimento, de força e contenção do corpo humano. Porque não batemos tantas palmas ou não aclamamos tão facilmente um “artista” por exemplo do skate?
Senhoras e senhores, meninos e meninas, apresento-vos Rodney Mullen, para mim, um dos maiores “artistas” com a tábua debaixo dos pés!
Dificílimo exercício!