Na noite de ontem, apesar do cansaço e do sono, apeteceu-me fazer uma coisa pela qual tenho bastante grado e que, devido às últimas agitadas e trabalhosas semanas, não tenho realizado: ver um bom filme.
Palmei o amontoado de filmes por ver, que crescera bastante nestes últimos tempos consequência dessa falta de prática de visionamento, e sem grandes razões para a escolha, optei pelo filme “Proof”. Pouco tinha ouvido falar deste filme, e por isso, a componente qualidade não era certa, mas como cartão de visita actores como Anthony Hopkin e Gwyneth Paltrow, arrisquei.
Um bom filme. Nada de excepcional, mas um filme interessante.
Uma grande interpretação de G. Paltrow sem dúvida. Bastante inteligente e inteirada no papel da sua personagem.
Mas mais do que pormenores técnicos, históricos ou cinematográficos, o que me reteve e deixou a pensar neste filme foi uma simples ideia patente na sua narrativa:
Neste mundo de génios matemáticos, a idade de maior pujança intelectual cifrava-se nos 26/27 anos de idade! Como se a experiência que vamos adquirindo ao longo da nossa vida através da interacção social não nos permitisse um maior vigor mental. Era aquela a idade de ouro! Quase como que, se não fosse com essa idade que nos destacássemos, não o faríamos de certeza mais tarde nem nunca mais!
Uma portentosa ideia para abalar a minha confortável rotina, que poderia ser, sem dúvida, intelectualmente muito mais profícua se mais exprimida. Felizmente que estes choques para com a minha capacidade humana me passam depressa. Ou infelizmente?...