Manter esta estalagem a funcionar tem sido tarefa complicada nos últimos tempos, e por isso a opção pessoal tem sido a de a manter limpa e arrumada, em vez de suja com “produtos” pouco interessantes e nada apelativos.
No entanto este espaço é também ele já integrante da minha existência, e mais tarde ou mais cedo, sempre senti que aqui regressaria para, com quem por aqui passar, continuar a partilhar as minhas casmurrices acompanhadas por uma boa caneca de cerveja.
Estando outra vez esta estalagem de portas abertas, sinto a necessidade de a decorar com um bocadinho daquilo que têm sido estas últimas semanas da vida do seu estalajadeiro:
- · Irrita-me sobremaneira a incapacidade de não repetirmos os mesmos erros a nível emotivo. É espantosa a tendência de nos deixarmos levar sempre pelo negro da força…
- · Necessidade de me desinstalar. Talvez seja esta a sensação que me tem perseguido mais ultimamente. Agora só preciso que esta necessidade ganhe uma força maior do que a da minha preguiça…
- · Assombra-me a percepção da manha que me vem com a idade. Primeiro e desde logo porque me traz ao de cima que cada vez mais os anos pesam no sentido de responsabilidade e utilidade. Depois porque quando olho ao espelho vejo um casmurro capaz de se moldar a diferentes situações, mais frio, com menor receio das consequências, ou mesmo mais atrevido e experimentado, menos imbecilizado pelas situações caricatas que vão surgindo na vida.
- · Por outro lado, sinto também que não tenho personalidade de nenhum “monstro de egoísmo e insensibilidade”, e é essa manha que me faz aproveitar algumas das novas oportunidades que vão surgindo.