Mais importante de tudo, mais um ano com bons filmes!
Uma noite de elegância, de reconhecimento, de mérito e ousadia, de justiça na distribuição dos prémios!
Que venham mais noites de Óscares como esta. Que bela distribuição!
Mais importante de tudo, mais um ano com bons filmes!
Uma noite de elegância, de reconhecimento, de mérito e ousadia, de justiça na distribuição dos prémios!
Que venham mais noites de Óscares como esta. Que bela distribuição!
Na noite de ontem, apesar do cansaço e do sono, apeteceu-me fazer uma coisa pela qual tenho bastante grado e que, devido às últimas agitadas e trabalhosas semanas, não tenho realizado: ver um bom filme.
Palmei o amontoado de filmes por ver, que crescera bastante nestes últimos tempos consequência dessa falta de prática de visionamento, e sem grandes razões para a escolha, optei pelo filme “Proof”. Pouco tinha ouvido falar deste filme, e por isso, a componente qualidade não era certa, mas como cartão de visita actores como Anthony Hopkin e Gwyneth Paltrow, arrisquei.
Um bom filme. Nada de excepcional, mas um filme interessante.
Uma grande interpretação de G. Paltrow sem dúvida. Bastante inteligente e inteirada no papel da sua personagem.
Mas mais do que pormenores técnicos, históricos ou cinematográficos, o que me reteve e deixou a pensar neste filme foi uma simples ideia patente na sua narrativa:
Neste mundo de génios matemáticos, a idade de maior pujança intelectual cifrava-se nos 26/27 anos de idade! Como se a experiência que vamos adquirindo ao longo da nossa vida através da interacção social não nos permitisse um maior vigor mental. Era aquela a idade de ouro! Quase como que, se não fosse com essa idade que nos destacássemos, não o faríamos de certeza mais tarde nem nunca mais!
Uma portentosa ideia para abalar a minha confortável rotina, que poderia ser, sem dúvida, intelectualmente muito mais profícua se mais exprimida. Felizmente que estes choques para com a minha capacidade humana me passam depressa. Ou infelizmente?...
Primeiro, quanto às intenções, estamos de facto perante uma nova publicidade bem pensada, utilizando figuras públicas consensuais como factor de adesão à marca, e construída de uma forma humoristicamente hiperbolizada.
Quanto às ilações, remeto-me às palavras do próprio Ricardo Araújo Pereira publicadas hoje na sua crónica semanal no jornal “A Bola”:
“Estimados jogadores do Benfica: … Eu seguro nos braços uma rapariga que estou prestes a beijar. No entanto, quando me apercebo de que se aproxima a hora o jogo do Benfica, deixo a miúda e largo a correr a caminho do estádio. Mesmo a mais fervorosa feminista vos dirá que, muito embora abandonar uma senhora daquela maneira seja um gesto infame, se for para ir ver jogar o Benfica, além de ser normal, é obrigatório. Mas se é para ir assistir a exibições como a que fizeram contra o Nacional da Madeira, meus amigos, largar uma rapariga daquela para vos ir ver jogar não se chama benfiquismo. Chama-se homossexualidade. … A fama da minha orientação sexual está nas vossas mãos, companheiros.”
Apresento também nesta acolhedora estalagem, o outro anúncio da mesma série de publicidade ao SLB protagonizado pelos Da Weasel:
“Por perceber o um pensamos que percebemos o dois, porque um e um são dois. Mas precisamos também de perceber o e”
Antigo ditado Sufi
…E penso eu que percebo o um e o dois, quando afinal por vezes nem compreendo o contexto do e que dita a analogia/relação entre o um e o dois. O “e”, que é, em verdade, sempre o elemento mais complexo e o mais complicado!