Serve-se um olhar mundano e libertino. Serve-se uma arrogância sonhadora e juvenil. Serve-se uma ironia coerente e um humor valorativo. Serve-se tradição e modernidade. Serve-se na condição humana, Brinda-se com a casmurrice pessoal!

24
Dez 07
Esta estalagem e o seu estalagadeiro, desejam a todos vós, amigos e visitantes, um Santo e Feliz Natal! Cheio de amor e alegria, paz e fraternidade. Boas Festas!

publicado por Casmurro às 18:48

22
Dez 07

Two quotes from Les Poupées Russes:

 

  • “What's all this shit about love? How do we get so nuts? The time we waste! When you're alone, you cry, "Will I find her?" When you're not- "Does she love me as much as I love her?" "Can we love more than one person in a lifetime?" Why do we split up? All these fucking questions! You can't say we're uninformed. We read love stories, fairy tales, novels. We watch movies. Love, love, love...!

 

  • “If I think about all the girls I've known or slept with or just desired, they're like a bunch of Russian dolls. We spend our lives playing the game dying to know who'll be the last, the teeny-tiny one hidden inside all the others. You can't just get to her right away. You have to follow the progression. You have to open them one by one wondering, "Is she the last one?"”
publicado por Casmurro às 00:08

17
Dez 07

1-     Qualquer actividade nova começa por actualizar, se aplicar a, e influenciar a actividade que previamente já existia

 

2-     A ideia de que, como Manuel Castells (sociólogo espanhol) opinou na sua conferência em Lisboa, dizer que a nossa sociedade é uma “sociedade de informação e conhecimento”, é dizer que as antecedentes não o eram, o que é falso! A informação, mesmo que pitoresca, e o conhecimento, mesmo que pelo acto de saber que, ou pelo conhecer do meio envolvente, sempre foram quase que características intrínsecas ao Homem, bastante importantes nas suas relações sociais. O que distingue as diferentes sociedades temporais são as distintas redes de interacção. Redes estas que são muito antigas, não só como redes pessoais, mas também como redes estruturadoras da actividade económica, cultural e religiosa (desde há mais de 5 mil anos atrás). O problema é que as redes simples funcionavam, mas as mais complexas não. Faltava-lhes capacidade de eficiência, falha esta que as novas TIC (Tecnologias de Informação e Comunicação) vieram compensar


publicado por Casmurro às 23:41

13
Dez 07

Para alguém como eu, que já leu a obra Admirável Mundo Novo de Huxley, a crónica opinativa de Henrique Monteiro sobre a nova lei do tabaco, publicada no Expresso de 1 de Dezembro deste ano, reveste-se de grande interesse e reflexão social, não apenas para quem tem por vício fumar, mas também para aqueles que, como eu, não têm por hábito tal acção.

É um artigo de opinião que nos faz reflectir sobre até onde, proibições e interditações de comportamento humano como esta, não nos levarão para uma sociedade taxativa de propósito comportamental pessoal.

Quem nunca contemplou “as profecias” de Orwell e Huxley, 1984 e Admirável Mundo Novo respectivamente, mundo utópicos (ou futuros reais?), de automatização e mecanização de comportamentos e respostas comportamentais humanas em sociedades hierarquicamente e não-discutivelmente construídas, não deixe de ler esta pequena crónica sobre um suposto degrau da escada para a “falta de autonomia do indivíduo e a sua subjugação ao colectivo”:

 

“Razões pelas quais desconfio da lei do tabaco


Um novo fantasma assola a Europa. Não é o comunismo, mas inspira-se num dos seus princípios: a falta de autonomia do indivíduo e a sua subjugação ao colectivo.

De acordo com esse fantasma temos de ser saudáveis, da mesma forma que temos de ser magros, neuróticos, "workaholics" e modernos. Faz parte da cartilha não fumar e ser quase a favor da pena de morte para quem fuma; não comer gorduras nem açúcares, frequentar um ginásio e achar piada quando uma empresa pública decide chamar 'Phone-Ix' a uma rede de telemóveis virtuais.

Isto não tem nada a ver, dirá o leitor. Tem tudo, digo eu que não fumo, como o menor número de gorduras possível, nado piscinas para trás e para a frente só com o objectivo de não ser gordo, trabalho imensas horas e acho alguma piada ao 'Phone-Ix'. O que liga isto tudo é a nossa programação. Eu sou sensível a essa programação e já me sinto mal se comer uma feijoada ou um cozido; se não fizer exercício físico fico com problemas de consciência e não tenho a coragem suficiente de dizer aos senhores dos CTT que, antes de tudo, eles são um bocado ordinários e que, à frente das minhas filhas, palavras daquelas não se usam.

Este fantasma que nos programa e reprograma estende os seus tentáculos pelo Estado. Por isso achamos normal que o Estado legisle que é proibido fumar nos lugares que o Estado gere e numa série de outros que o Estado não gere; por isso achamos normal que a ASAE decrete que as bolas de Berlim não podem ser vendidas como sempre foram, ou que os pastéis de bacalhau não podem ser congelados nos pequenos cafés e restaurantes. Por isso, achamos lógico que o Estado legisle e volte a legislar sobre o nosso bem-estar, como se o nosso bem-estar não fosse uma coisa completamente nossa, individual, e não colectiva. Por isso, um dia reagiremos com indiferença se nos implantarem um "chip" por baixo da pele que nos impede de fumar, de comer gorduras, de estar sentado em frente à TV mais do que o tempo recomendado, de pôr açúcar no sumo de laranja, de beber um copo quando a alcoolemia já ultrapassou os 0,5 mg/l ou de nos apaixonarmos por alguém considerado não compatível connosco.

Nesse dia, estarão realizadas as profecias de Huxley e de Orwell. Se a memória ainda for nossa (e não "chipada") lembrar-nos-emos de como nos levaram com a linguagem politicamente correcta, com a lei do tabaco, com tanta coisa que nos pareceu boa.

É por isso que eu desconfio.”


publicado por Casmurro às 00:26

07
Dez 07

Numa entrevista à Única publicada já há algumas semanas, mas que só recentemente li, concordo com o caricato e aparatoso Vasco Pulido Valente quando diz que:

 

“ (Algumas) pessoas em Portugal gozam de total impunidade. Escrevem um livro e se alguém vem dizer que o livro é mau, tentam intimidar. Disseste mal de mim? Então és bêbado! Ou mais sofisticado: és invejoso.”

 

Principalmente:

 

“Não percebem que se discute o livro e não quem o escreveu.”

 

Infelizmente, uma filosofia que não se aplica só a grandes obras no nosso país, mas até em simples projectos diários.


publicado por Casmurro às 23:27

02
Dez 07
publicado por Casmurro às 23:33

Dezembro 2007
Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab

1

2
3
4
5
6
7
8

9
10
11
12
14
15

16
18
19
20
21

23
25
26
27
28
29

30
31


subscrever feeds
pesquisar neste blog
 
Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

blogs SAPO